O framework CakePHP fornece uma base robusta e sólida para suas aplicações. Podendo tratar todos os aspectos, da requisição inicial do usuário até a renderização de uma página web. Visto que o framework segue o princípio MVC, ele lhe permite customizar e estender facilmente muitos dos aspectos de sua aplicação.
O framework também fornece uma organização estrutural básica de nome de arquivos a nomes de tabelas do banco de dados, mantendo toda sua aplicação consistente e lógica. Este conceito é simples mas poderoso. Siga as convenções e você sempre saberá exatamente onde as coisas estão e como estão organizadas.
A melhor maneira de experimentar e aprender o CakePHP é sentar em frente ao computador e construir alguma coisa. Para começar vamos construir um blog simples.
Bem vindo ao CakePHP. Você provavelmente está lendo este tutorial porque quer aprender mais sobre como o CakePHP funciona. Nosso objetivo é aumentar a produtividade e fazer a programação uma tarefa mais divertida: Esperamos que você veja isto na prática enquanto mergulha nos códigos.
Este tutorial irá cobrir a criação de uma aplicação de blog simples. Nós iremos baixar e instalar o Cake, criar e configurar o banco de dados e criar a lógica da aplicação suficiente para listar, adicionar, editar e deletar posts do blog.
Aqui vai uma lista do que você vai precisar:
Um servidor web rodando. Nós iremos assumir que você esteja usando o Apache, embora as instruções para usar outros servidores sejam bem semelhantes. Talvez tenhamos que brincar um pouco com as configurações do servidor mas a maioria das pessoas serão capazes de ter o Cake rodando sem precisar configurar nada.
Um servidor de banco de dados. Nós iremos usar o MySQL Server neste tutorial. Você precisa saber o mínimo sobre SQL para criar um banco de dados. O Cake pegará as rédeas a partir deste ponto.
Conhecimento básico da linguagem PHP. Quanto mais orientado a objetos você já programou, melhor: mas não tenha medo se é fã de programação procedural.
E por último, você vai precisar de um conhecimento básico do padrão de projetos MVC. Uma rápida visão geral pode ser encontrada em Entendendo o Model-View-Controller. Não se preocupe, deve ter meia página ou menos.
Então, vamos começar!
Primeiro, vamos baixar uma cópia recente do CakePHP.
Para fazer o download de uma cópia recente, visite o projeto do CakePHP no github: https://github.com/cakephp/cakephp/downloads e faça o download da última versão 2.0.
Você também pode clonar o repositório usando o git.
git clone git://github.com/cakephp/cakephp.git
.
Idependente da maneira de como você baixou o Cake, coloque o código obtido dentro do seu diretório web público. A estrutura dos diretórios deve ficar parecido com o seguinte:
/caminho_para_diretorio_web_publico
/app
/lib
/plugins
/vendors
.htaccess
index.php
README
Agora pode ser um bom momento para aprender um pouco sobre como funciona a estrutura de diretórios do CakePHP: Veja a seção Estrutura de Diretórios no CakePHP.
Em seguida, vamos configurar o banco de dados correspondente ao nosso blog. Se você já não tiver feito isto, crie um banco de dados vazio para usar neste tutorial com o nome que desejar. Neste momento, vamos criar apenas uma tabela para armazenar nossos posts. Também vamos inserir alguns posts para usar como teste. Execute as instruções a seguir no seu banco de dados:
-- Primeiro, criamos nossa tabela de posts
CREATE TABLE posts (
id INT UNSIGNED AUTO_INCREMENT PRIMARY KEY,
title VARCHAR(50),
body TEXT,
created DATETIME DEFAULT NULL,
modified DATETIME DEFAULT NULL
);
-- Agora inserimos alguns posts para testar
INSERT INTO posts (title, body, created)
VALUES ('The title', 'This is the post body.', NOW());
INSERT INTO posts (title, body, created)
VALUES ('A title once again', 'And the post body follows.', NOW());
INSERT INTO posts (title, body, created)
VALUES ('Title strikes back', 'This is really exciting! Not.', NOW());
A escolha do nome de tabelas e colunas não são arbitrárias. Se você seguir as convenções de nomenclatura para estruturas do banco de dados e as convenções para nomes de classes (ambas descritas em Convenções no CakePHP), você será capaz de tirar proveito de muitas funcionalidades do CakePHP e evitar arquivos de configurações. O Cake é flexivel o bastante para acomodar até mesmo os piores esquemas de banco de dados legados, mas aderindo as convenções você poupa seu tempo.
Veja Convenções no CakePHP para mais informações. Aqui, basta dizer que ao nomear nossa tabela de ‘posts’, automaticamente ela será ligada ao nosso model Post e as colunas ‘modified’ e ‘created’ serão “automagicamente” atualizadas pelo CakePHP.
Para o Alto e Avante: Vamos agora avisar ao Cake onde está nosso banco de dados e como conectar a ele. Para muitos, esta é a primeira e última configuração a ser feita.
Uma exemplo de arquivo de configuração do banco de dados pode ser encontrado em
/app/Config/database.php.default
. Copie este arquivo no mesmo diretório
renomeando-o para database.php
.
O arquivo é bem simples: basta alterar os valores da variável $default com os dados da nossa configuração. Um exemplo completo desta configuração irá se parecer com esta:
public $default = array(
'datasource' => 'Database/Mysql',
'persistent' => false,
'host' => 'localhost',
'port' => '',
'login' => 'cakeBlog',
'password' => 'c4k3-rUl3Z',
'database' => 'cake_blog_tutorial',
'schema' => '',
'prefix' => '',
'encoding' => ''
);
Após salvar seu novo arquivo database.php, você estará apto para abrir seu navegador e ver a página de boas vindas do Cake. A página de boas vindas deverá lhe mostrar uma mensagem dizendo que seu arquivo de conexão com o banco de dados foi encontrado, e que o Cake conseguiu se conectar com o banco de dados.
Existem outros três itens que podem ser configurados. Muitos desenvolvedores
sempre configuram estes itens, mas eles não são obrigatórios para este tutorial.
Uma das configurações é customizar uma string (ou “salt”) para ser utilizada nos
hashes de segurança. O segundo é definir um número (ou “seed”) para uso em
criptografia. E o terceiro é dar permissão de escrita para o CakePHP na pasta
tmp
.
O “security salt” é utilizado para gerar hashes. Altere o valor padrão do salt
editando o arquivo /app/Config/core.php
na linha 187. Não importa muito o
que o novo valor seja, basta que não seja fácil de adivinhar.
/**
* A random string used in security hashing methods.
*/
Configure::write('Security.salt', 'pl345e-P45s_7h3*[email protected]!');
?>
O “cipher seed” é usado para criptografar/descriptografar strings.
Altere o valor padrão editando o arquivo /app/Config/core.php
na linha 192.
Como no “security salt”, não importa muito o que o novo valor seja, basta que
não seja fácil de adivinhar.
/**
* A random numeric string (digits only) used to encrypt/decrypt strings.
*/
Configure::write('Security.cipherSeed', '7485712659625147843639846751');
?>
A última tarefa é garantir acesso de escrita para a pasta app/tmp
. A melhor
maneira para fazer isto é localizar o usuário com que o seu servidor web é
executado (<?php echo `whoami`; ?>
) e alterar o dono da pasta app/tmp
para este usuário. Você pode executar (em *nix) o comando a seguir para alterar
o usuário dono da pasta.
$ chown -R www-data app/tmp
Se por alguma razão o CakePHP não conseguir escrever nesta pasta, você será avisado por uma mensagem enquanto estiver em modo de desenvolvimento.
Ocasionalmente, um novo usuário irá esbarrar em problemas com o mod_rewrite, então vou abordá-los superficialmente aqui. Se a página de boas-vindas do CakePHP parecer um pouco sem graça (sem imagens, sem cores e sem os estilos css), isso é um indício de que o mod_rewrite provavelmente não esteja funcionando em seu sistema. Aqui estão algumas dicas para lhe ajudar a deixar tudo funcionando corretamente:
Certifique-se de que a sobrescrita de opções do .htaccess está habilitada:
em seu arquivo httpd.conf, você deve ter uma parte que define uma seção para
cada <Directory> do seu servidor. Certifique-se de que a opção
AllowOverride
esteja com o valor All
para o <Directory> correto. Por
questões de segurança e performance, não defina AllowOverride
para
All
em <Directory />
. Ao invés disso, procure o bloco <Directory>
que se refere ao seu diretório raíz de seu website.
Certifique-se de estar editando o arquivo httpd.conf ao invés de algum específico, que seja válido apenas para um dado usuário ou para um dado site.
Por alguma razão, você pode ter obtido uma cópia do CakePHP sem os arquivos .htaccess. Isto algumas vezes acontece porque alguns sistemas operacionais tratam arquivos que começam com ‘.’ como arquivos ocultos e normalmente não fazem cópias deles. Certifique-se de obter sua cópia do CakePHP diretamente da seção de downloads do site ou de nosso repositório git.
Certifique-se de que o Apache esteja carregando o mod_rewrite corretamente! Você deve ver algo como:
LoadModule rewrite_module libexec/httpd/mod_rewrite.so
ou (para o Apache 1.3):
AddModule mod_rewrite.c
em seu httpd.conf.
Se você não quiser ou não puder carregar o mod_rewrite (ou algum outro módulo
compatível) em seu servidor, você vai precisar usar o recurso de URLs amigáveis
do CakePHP. No arquivo /app/Config/core.php
, descomente uma linha parecida
com:
Configure::write('App.baseUrl', env('SCRIPT_NAME'));
E remova também os arquivos .htaccess em:
/.htaccess
/app/.htaccess
/app/webroot/.htaccess
Com isto, suas URLs ficarão parecidas com www.exemplo.com/index.php/nomecontroller/nomeaction/param ao invés de www.exemplo.com/nomecontroller/nomeaction/param.
Se você está instalando o CakePHP em outro webserver diferente do Apache, você pode encontrar instruções para ter a reescrita de URLs funcionando na seção Instalação Avançada.
Continue lendo este tutorial em Blog - Continuação para começar a construir sua primeira aplicação CakePHP.
A classe Model é o pão com manteiga das aplicações CakePHP. Ao criar um model do CakePHP que irá interagir com nossa base de dados, teremos os alicerces necessários para posteriormente fazer nossas operações de visualizar, adicionar, editar e excluir.
Os arquivos de classe do tipo model do CakePHP ficam em /app/Model
e o
arquivo que iremos criar será salvo em /app/Model/Post.php
. O conteúdo
completo deste arquivo deve ficar assim:
class Post extends AppModel {
public $name = 'Post';
}
A nomenclatura da classe segue uma convenção que é muito importante no CakePHP.
Ao chamar nosso model de Post, o CakePHP pode automaticamente deduzir que este
model será usado num PostsController, e que manipulará os dados de uma tabela do
banco chamada de posts
.
Nota
O CakePHP irá criar um objeto (instância) do model dinamicamente para você, se não encontrar um arquivo correspondente na pasta /app/Model. Isto também significa que, se você acidentalmente der um nome errado ao seu arquivo (p.ex. post.php ou posts.php) o CakePHP não será capaz de reconhecer nenhuma de suas configurações adicionais e ao invés disso, passará a usar seus padrões definidos internamente na classe Model.
Para saber mais sobre models, como prefixos de nomes de tabelas, callbacks e validações, confira o capítulo sobre Modelos deste manual.
A seguir, vamos criar um controller para nossos posts. O controller é onde toda
a lógica de negócio para interações vai acontecer. De uma forma geral, é o local
onde você vai manipular os models e lidar com o resultado das ações feitas sobre
nossos posts. Vamos pôr este novo controller num arquivo chamado
PostsController.php
dentro do diretório /app/Controller
. Aqui está como
um controller básico deve se parecer:
class PostsController extends AppController {
public $helpers = array ('Html','Form');
public $name = 'Posts';
}
Agora, vamos adicionar uma action ao nosso controller. Actions quase sempre representam uma única função ou interface numa aplicação. Por exemplo, quando os usuários acessarem o endereço www.exemplo.com/posts/index (que, neste caso é o mesmo que www.exemplo.com/posts/), eles esperam ver a listagem dos posts. O código para tal ação deve se parecer com algo assim:
class PostsController extends AppController {
public $helpers = array ('Html','Form');
public $name = 'Posts';
function index() {
$this->set('posts', $this->Post->find('all'));
}
}
Deixe-me explicar a ação um pouco. Definindo a função index()
em nosso
PostsController, os usuários podem acessar esta lógica visitando o endereço
www.exemplo.com/posts/index. De maneira semelhante, se definirmos um método
chamado foobar()
dentro do controller, os usuários deveriam ser capazes de
acessá-lo pelo endereço www.exemplo.com/posts/foobar.
Aviso
Você pode ficar tentado a nomear seus controller e actions de uma certa maneira visando obter uma certa URL. Mas resista a esta tentação. Siga as convenções do CakePHP (nomes de controllers no plural, etc) e crie nomes de actions e controllers que sejam legíveis e também compreensíveis. Você sempre vai poder mapear URLs para seu código utilizando “rotas”, conforme mostraremos mais à frente.
A única declaração na nossa action utiliza o método set()
para passar dados
do controller para a view (que vamos criar logo mais). A linha define uma
variável na view chamada ‘posts’ que vai conter o retorno da chamada do método
find('all')
do model Post. Nosso model Post está automaticamente disponível
como $this->Post
uma vez que seguimos as convenções de nomenclatura do Cake.
Para aprender mais sobre controllers do CakePHP, confira a seção Controllers.
Agora que temos nossos dados chegando ao nosso model e com a lógica da nossa
aplicação definida em nosso controller, vamos criar uma view para a ação
index()
que criamos acima.
As views do Cake são meros fragmentos voltados à apresentação de dados que vão dentro do layout da aplicação. Para a maioria das aplicações, as views serão marcações HTML intercalados com código PHP, mas as views também podem ser renderizadas como XML, CVS ou mesmo como dados binários.
Os layouts são páginas que encapsulam as views e que podem ser intercambiáveis, mas por agora, vamos apenas usar o layout padrão.
Lembra da última seção, em que associamos a variável ‘posts’ para a view usando
o método set()
? Com aquilo, os dados foram repassados para a view num
formato parecido com este:
// print_r($posts) output:
Array
(
[0] => Array
(
[Post] => Array
(
[id] => 1
[title] => The title
[body] => This is the post body.
[created] => 2008-02-13 18:34:55
[modified] =>
)
)
[1] => Array
(
[Post] => Array
(
[id] => 2
[title] => A title once again
[body] => And the post body follows.
[created] => 2008-02-13 18:34:56
[modified] =>
)
)
[2] => Array
(
[Post] => Array
(
[id] => 3
[title] => Title strikes back
[body] => This is really exciting! Not.
[created] => 2008-02-13 18:34:57
[modified] =>
)
)
)
Os arquivos de view do Cake são armazenados na pasta /app/View
dentro de uma
pasta com o mesmo nome do controller a que correspondem (em nosso caso, vamos
criar uma pasta chamada ‘Posts’). Para apresentar os dados do post num formato
adequado de tabela, o código de nossa view deve ser algo como:
<!-- File: /app/View/Posts/index.ctp -->
<h1>Posts do Blog</h1>
<table>
<tr>
<th>Id</th>
<th>Título</th>
<th>Data de Criação</th>
</tr>
<!-- Aqui é onde nós percorremos nossa matriz $posts, imprimindo as informações dos posts -->
<?php foreach ($posts as $post): ?>
<tr>
<td><?php echo $post['Post']['id']; ?></td>
<td>
<?php echo $this->Html->link($post['Post']['title'],
array('controller' => 'posts', 'action' => 'view', $post['Post']['id'])); ?>
</td>
<td><?php echo $post['Post']['created']; ?></td>
</tr>
<?php endforeach; ?>
</table>
Isto é tão simples quanto parece!
Você deve ter notado o uso de um objeto chamado $this->Html
.
Esta é uma instância da classe HtmlHelper
do CakePHP.
O CakePHP vem com um conjunto de helpers que tornam uma moleza fazer coisas como
criar links, gerar formulários, Javascript e elementos dinâmicos com Ajax.
Você pode aprender mais sobre como usá-los na seção Helpers, mas o
importante a ser notado aqui é que o método link()
irá gerar um link em HTML
com o título (o primeiro parâmetro) e URL (o segundo parâmetro) dados.
Ao especificar URLs no Cake, é recomendado que você use o formato de array. Este assunto é explicado com mais detalhes na seção sobre Rotas. Usar o formato de array para URLs, permite que você tire vantagens da capacidade do CakePHP de reverter este formato de URL em URLs relativas e vice versa. você também pode simplesmente informar um caminho relativo à base da aplicação na forma /controller/action/parametro_1/parametro_2.
Neste ponto, você deve ser capaz de apontar seu navegador para http://www.exemplo.com/posts/index. Você deve ver sua view, corretamente formatada com o título e a tabela listando os posts.
Se lhe ocorreu clicar num dos links que criamos nesta view (no título do post e que apontam para uma URL /posts/view/algum_id), você provavelmente recebeu uma mensagem do CakePHP dizendo que a action ainda não foi definida. Se você não tiver visto um aviso assim, então ou alguma coisa deu errado ou então você já tinha definido uma action anteriormente, e neste caso, você é muito afoito. Se não, vamos criá-la em nosso PostsController agora:
class PostsController extends AppController {
public $helpers = array('Html', 'Form');
public $name = 'Posts';
public function index() {
$this->set('posts', $this->Post->find('all'));
}
public function view($id = null) {
$this->set('post', $this->Post->findById($id));
}
}
A chamada do método set()
deve lhe parece familiar. Perceba que estamos
usando o método read()
ao invés do find('all')
porque nós realmente só
queremos informações de um único post.
Note que a action de nossa view recebe um parâmetro: O ID do post que queremos
ver. Este parâmetro é repassado à action por meio da URL requisitada. Se um
usuário acessar uma URL /posts/view/3, então o valor ‘3’ será atribuído ao
parâmetro $id
.
Agora vamos criar a view para nossa nova action ‘view’ e colocá-la em
/app/View/Posts/view.ctp
:
<!-- File: /app/View/Posts/view.ctp -->
<h1><?php echo $post['Post']['title']?></h1>
<p><small>Created: <?php echo $post['Post']['created']?></small></p>
<p><?php echo $post['Post']['body']?></p>
Confira se está funcionando tentando acessar os links em /posts/index
ou
requisitando diretamente um post acessando /posts/view/1
.
Ler a partir da base de dados e exibir os posts foi um grande começo, mas precisamos permitir também que os usuários adicionem novos posts.
Primeiramente, comece criando uma action add()
no PostsController:
class PostsController extends AppController {
public $helpers = array('Html', 'Form', 'Flash');
public $components = array('Flash');
public function index() {
$this->set('posts', $this->Post->find('all'));
}
public function view($id) {
$this->set('post', $this->Post->findById($id));
}
public function add() {
if ($this->request->is('post')) {
if ($this->Post->save($this->request->data)) {
$this->Flash->success('Your post has been saved.');
$this->redirect(array('action' => 'index'));
}
}
}
}
Nota
Você precisa incluir o componente FlashComponent e o helper FlashHelper em qualquer controller que você manipula variáveis de sessão. Neste caso, incluímos apenas o componente porque ele carrega o helper automaticamente. Se você sempre utiliza sessões, inclua o componente no seu arquivo AppController.
Aqui está o que a action add()
faz: se o método da requisição feita pelo cliente
for do tipo post, ou seja, se ele enviou dados pelo formulário, tenta salvar os
dados usando o model Post. Se, por alguma razão ele não salvar, apenas renderize
a view. Isto nos dá uma oportunidade de mostrar erros de validação e outros
avisos ao usuário.
Quando um usuário utiliza um formulário para submeter (POSTar) dados para sua
aplicação, esta informação fica disponível em $this->request->data
.Você pode
usar as funções pr()
ou debug()
para exibir os dados se
você quiser conferir como eles se parecem.
Nós usamos o método FlashComponent::success()
do componente
FlashComponent para definir uma variável de sessão com uma mensagem a ser
exibida na página depois de ser redirecionada. No layout, nós temos
FlashHelper::render()
que exibe a mensagem e limpa a variável de
sessão correspondente. O método Controller::redirect
do
controller redireciona para outra URL. O parâmetro array('action' => 'index')
é convertido para a URL /posts, em outras palavras, a action index do controller
posts. Você pode conferir a função Router::url()
na API para ver os
formatos que você pode usar ao especificar uma URL para actions do CakePHP.
Chamar o método save()
irá verificar por erros de validação e abortar o
salvamento se algum erro ocorrer. Vamos falar mais sobre erros de validação e
sobre como manipulá-los nas seções seguintes.
O CakePHP percorreu uma longa estrada combatendo a monotonia da validação de dados de formulários. Todo mundo detesta codificar formulários intermináveis e suas rotinas de validação. O CakePHP torna tudo isso mais fácil e mais rápido.
Para usufruir das vantagens dos recursos de validação, você vai precisar usar o
FormHelper do Cake em suas views. O FormHelper
está disponível por
padrão em todas as suas views na variável $this->Form
.
Aqui está nossa view add:
<!-- File: /app/View/Posts/add.ctp -->
<h1>Add Post</h1>
<?php
echo $this->Form->create('Post');
echo $this->Form->input('title');
echo $this->Form->input('body', array('rows' => '3'));
echo $this->Form->end('Save Post');
Aqui, usamos o FormHelper para gerar a tag de abertura para um formulário. Aqui
está o HTML gerado pelo $this->Form->create()
:
<form id="PostAddForm" method="post" action="/posts/add">
Se o método create()
for chamado sem quaisquer parâmetros, o CakePHP assume
que você está criando um formulário que submete para a action add()
do
controller atual (ou para a action edit()
se um campo id for incluído nos
dados do formulário), via POST.
O método $this->Form->input()
é usado para criar elementos de formulário de
mesmo nome. O primeiro parâmetro informa ao CakePHP qual o campo correspondente
e o segundo parâmetro permite que você especifique um extenso array de opções.
Neste caso, o número de linhas para o textarea. Há alguma introspecção
“automágica” envolvida aqui: o input()
irá exibir diferentes elementos de
formulário com base no campo do model em questão.
A chamada à $this->Form->end()
gera um botão de submissão e encerra o
formulário. Se uma string for informada como primeiro parâmetro para o
end()
, o FormHelper exibe um botão de submit apropriadamente rotulado junto
com a tag de fechamento do formulário. Novamente, confira o capítulo sobre os
Helpers disponíveis no CakePHP para mais informações sobre os
helpers.
Agora vamos voltar e atualizar nossa view /app/View/Post/index.ctp
para
incluir um novo link para “Adicionar Post”. Antes de <table>, adicione a
seguinte linha:
echo $this->Html->link('Add Post', array('controller' => 'posts', 'action' => 'add'));
Você pode estar imaginando: como eu informo ao CakePHP sobre os requisitos de validação de meus dados? Regras de validação são definidas no model. Vamos olhar de volta nosso model Post e fazer alguns pequenos ajustes:
class Post extends AppModel {
public $name = 'Post';
public $validate = array(
'title' => array(
'rule' => 'notEmpty'
),
'body' => array(
'rule' => 'notEmpty'
)
);
}
O array $validate
diz ao CakePHP sobre como validar seus dados quando o
método save()
for chamado. Aqui, eu especifiquei que tanto os campos body e
title não podem ser vazios. O mecanismo de validação do CakePHP é robusto, com
diversas regras predefinidas (números de cartão de crédito, endereços de e-mail,
etc.) além de ser bastante flexível, permitindo adicionar suas próprias regras
de validação. Para mais informações, confira o capítulo sobre
Data Validation.
Agora que você incluiu as devidas regras de validação, tente adicionar um post
com um título ou com o corpo vazio para ver como funciona. Uma vez que usamos o
método FormHelper::input()
do FormHelper para criar nossos elementos
de formulário, nossas mensagens de erros de validação serão mostradas
automaticamente.
Edição de Posts: Aqui vamos nós. A partir de agora você já é um profissional do
CakePHP, então você deve ter identificado um padrão. Criar a action e então
criar a view. Aqui está como o código da action edit()
do PostsController
deve se parecer:
function edit($id = null) {
$this->Post->id = $id;
if ($this->request->is('get')) {
$this->request->data = $this->Post->findById($id);
} else {
if ($this->Post->save($this->request->data)) {
$this->Flash->success('Your post has been updated.');
$this->redirect(array('action' => 'index'));
}
}
}
Esta action primeiro verifica se a requisição é do tipo GET. Se for, nós buscamos o Post e passamos para a view. Se a requisição não for do tipo GET, provavelmente esta contém dados de um formulário POST. Nós usaremos estes dados para atualizar o registro do nosso Post ou exibir novamente a view mostrando para o usuário os erros de validação.
A view edit pode ser algo parecido com isto:
<!-- File: /app/View/Posts/edit.ctp -->
<h1>Edit Post</h1>
<?php
echo $this->Form->create('Post', array('action' => 'edit'));
echo $this->Form->input('title');
echo $this->Form->input('body', array('rows' => '3'));
echo $this->Form->input('id', array('type' => 'hidden'));
echo $this->Form->end('Save Post');
Esta view exibe o formulário de edição (com os valores populados), juntamente com quaisquer mensagens de erro de validação.
Uma coisa a atentar aqui: o CakePHP vai assumir que você está editando um model
se o campo ‘id’ estiver presente no array de dados.
Se nenhum ‘id’ estiver presente (como a view add de inserção), o Cake irá
assumir que você está inserindo um novo model quando o método save()
for
chamado.
Você agora pode atualizar sua view index com os links para editar os posts específicos:
<!-- File: /app/View/Posts/index.ctp (links para edição adicionados) -->
<h1>Blog posts</h1>
<p><?php echo $this->Html->link("Add Post", array('action' => 'add')); ?></p>
<table>
<tr>
<th>Id</th>
<th>Title</th>
<th>Action</th>
<th>Created</th>
</tr>
<!-- Aqui é onde nós percorremos nossa matriz $posts, imprimindo
as informações dos posts -->
<?php foreach ($posts as $post): ?>
<tr>
<td><?php echo $post['Post']['id']; ?></td>
<td>
<?php echo $this->Html->link($post['Post']['title'], array('action' => 'view', $post['Post']['id']));?>
</td>
<td>
<?php echo $this->Form->postLink(
'Delete',
array('action' => 'delete', $post['Post']['id']),
array('confirm' => 'Are you sure?')
)?>
<?php echo $this->Html->link('Edit', array('action' => 'edit', $post['Post']['id']));?>
</td>
<td><?php echo $post['Post']['created']; ?></td>
</tr>
<?php endforeach; ?>
</table>
A seguir, vamos criar uma maneira para os usuários excluírem posts. Comece com
uma action delete()
no PostsController:
function delete($id) {
if (!$this->request->is('post')) {
throw new MethodNotAllowedException();
}
if ($this->Post->delete($id)) {
$this->Flash->success('The post with id: ' . $id . ' has been deleted.');
$this->redirect(array('action' => 'index'));
}
}
Esta lógica exclui o post dado por $id, e utiliza $this->Flash->success()
para mostrar uma mensagem de confirmação para o usuário depois de redirecioná-lo
para /posts
.
Se o usuário tentar deletar um post usando uma requisição do tipo GET, nós lançamos uma exceção. Exceções não apanhadas são capturadas pelo manipulador de exceções do CakePHP e uma página de erro amigável é mostrada. O CakePHP vem com muitas Exceptions que você pode usar para indicar vários tipos de erros HTTP que sua aplicação pode precisar gerar.
Como estamos executando apenas uma lógica de negócio e redirecionando, esta
action não tem uma view. Você pode querer atualizar sua view index com links que
permitam ao usuários excluir posts, porém, como um link executa uma requisição
do tipo GET, nossa action irá lançar uma exceção. Precisamos então criar um
pequeno formulário que enviará um método POST adequado. Para estes casos o
helper FormHelper fornece o método postLink()
:
<!-- File: /app/View/Posts/index.ctp -->
<h1>Blog posts</h1>
<p><?php echo $this->Html->link('Add Post', array('action' => 'add')); ?></p>
<table>
<tr>
<th>Id</th>
<th>Title</th>
<th>Actions</th>
<th>Created</th>
</tr>
<!-- Aqui é onde nós percorremos nossa matriz $posts, imprimindo as informações dos posts -->
<?php foreach ($posts as $post): ?>
<tr>
<td><?php echo $post['Post']['id']; ?></td>
<td>
<?php echo $this->Html->link($post['Post']['title'], array('action' => 'view', $post['Post']['id']));?>
</td>
<td>
<?php echo $this->Form->postLink(
'Delete',
array('action' => 'delete', $post['Post']['id']),
array('confirm' => 'Are you sure?'));
?>
</td>
<td><?php echo $post['Post']['created']; ?></td>
</tr>
<?php endforeach; ?>
</table>
Nota
O código desta view também utiliza o HtmlHelper para solicitar uma confirmação do usuário com um diálogo em Javascript antes de tentar excluir o post.
Para alguns, o roteamento padrão do CakePHP funcionará muito bem. Os desenvolvedores que estiverem mais afeitos a criar produtos ainda mais amigáveis aos usuários e aos mecanismos de busca irão gostar da maneira que as URLs do CakePHP são mapeadas para actions específicas. Então vamos fazer uma pequena alteração de rotas neste tutorial.
Para mais informações sobre técnicas avançadas de roteamento, veja Routes Configuration.
Por padrão, o CakePHP responde a requisições para a raiz de seu site (i.e. http://www.exemplo.com) usando seu PagesController e renderizando uma view chamada de “home”. Ao invés disso, vamos substituir isto por nosso PostsController criando uma regra de roteamento.
As rotas do Cake são encontrada no arquivo /app/Config/routes.php
. Você vai
querer comentar ou remover a linha que define a rota raiz padrão. Ela se parece
com:
Router::connect('/', array('controller' => 'pages', 'action' => 'display', 'home'));
Esta linha conecta a URL ‘/’ com a home page padrão do CakePHP. Queremos conectá-la com nosso próprio controller, então adicionamos uma linha parecida com isto:
Router::connect('/', array('controller' => 'posts', 'action' => 'index'));
Isto deve conectar as requisições de ‘/’ à action index()
que criaremos em
nosso PostsController.
Nota
O CakePHP também faz uso do ‘roteamento reverso’ - se, com a rota definida
acima, você passar array('controller' => 'posts', 'action' => 'index')
a um
método que espere um array, a URL resultante será ‘/’. É sempre uma boa
ideia usar arrays para URLs, já que é a partir disto que suas rotas definem
para onde suas URLs apontam, além de garantir que os links sempre apontem
para o mesmo lugar.
Simples, não? Tenha em mente que este tutorial foi muito básico. O CakePHP possui muito mais recursos a oferecer e é flexível de tantas maneiras que não conseguimos mostrar aqui por questões de simplicidade. Utilize o resto deste manual como guia para construir mais aplicações ricas em recursos.
Agora que você criou uma aplicação básica com o Cake, você está pronto para a coisa real. Comece seu próprio projeto, leia o restante do Manual e da API.
E se você precisar de ajuda, nos vemos no canal #cakephp (e no #cakephp-pt). Seja bem-vindo ao CakePHP!
Estas são as tarefas comuns que pessoas aprendendo o CakePHP geralmente querem estudar:
Layouts: Customizando o layout do seu website
Elements Incluindo e reutilizando trechos de código
Scaffolding (arcabouços): Prototipando antes de programar
Code Generation with Bake Gerando código CRUD básico
Autenticação simples e Autorização da Aplicação: Tutorial de autenticação e autorização de usuários